quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Marrakech

Ah, Marrakech! Lugar fantástico! Pra mim foi a cidade grande que mais respondeu positivamente ao meu imaginário daquilo que eu sempre pensei que o Marrocos fosse. Uma medina muito pitoresca, um lugar meio místico, com pessoas curiosíssimas... cada figura!

O lugar mais representativo da cidade é a Praça Jeema el Fna, ou Praça onde os mortos se reúnem. Com um nome desses, não poderia ser qualquer coisa. A praça é a principal porta de entrada da medina. Ali se reúnem turistas, locais, artistas performáticos e muitos comerciantes. As fotos mostram muito, mas infelizmente ficam faltando dois aspectos muito importantes que compõem a praça: o cheiro - ervas, incenso, frutas, suco de laranja etc. - e o som - flautas dos encantadores de cobras, músicas, artistas tocando instrumentos exóticos e pessoas falando as línguas mais diversas que você pode imaginar. Já que esses eu não consigo trazer - infelizmente - aí vão as fotos desse lugar inesquecível.

Do terraço do hotel - vista privilegiada!













Mercado de CORES



Frutas secas: damasco, castanhas, tâmaras. Hummm!!!



Vendedor de suco de laranja




Luminárias




Mais luminárias



Babouches - os calçados típicos do Marrocos




Outros tipos de calçados

Tapetes, claro...



Pratos decorados e panelas de tajine

Medina

A medina de Marrakech é muito bacana! Foi um "banho de água quente", depois do banho de água fria na medina de Casablanca. E foi uma das poucas medinas nas quais eu me senti seguro de verdade.











Figuras típicas e artistas


Durante o dia, são eles que dão o clima da praça! É um verdadeiro festival de bizarrices.



Vendedor de água tentando sobreviver à era da água mineral e canalizada. Ele carrega a água nessa bolsa de couro (ainda com pêlo) e serve em um copo de cobre compartilhado por todos os seus clientes




Videntes



Grupo de músicos tradicionais




Encantadores de cobras



Não sei que tipo de macaquice eles fazem, mas posso dizer que eles são muitos em Jeema el Fna




Músico passando o chapéu em busca de dólares, euros, dirahns... whatever






Contadores de história criam os maiores agrupamentos de pessoas. As histórias devem ser interessantes e vale a pena ouvir um pouquinho mesmo que você, assim como eu, não fale árabe.




De noite onde os mortos se reúnem

Quando a noite começa a cair, os usuários da praça mudam. Os artistas dão lugar às barracas de comida típica: tajine, cuscuz, sopas, chá de hortelã etc. Os barraqueiros começam a chegar no meio da tarde para se prepararem para mais uma noite em Jeema el Fna.
















É mágico!



Taí o menu...

Jeema el Fna é um lugar que DEVE ser visitado!

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domingo, 28 de dezembro de 2008

Casablanca

A jornada pelo Marrocos começa...



Minha primeira parada no Marrocos foi Casablanca. Eu estava animado com a idéia de conhecer a cidade que foi "cenário" de um dos filmes mais famosos da história do cinema (as apas se devem ao fato de o filme ter sido gravado em um estúdio norte-americanos imitando mau e porcamente a cidade marroqina, mas vale a referência). Se você ainda acha que Casablanca é uma cidade romântca ou que você vai encontrar nela a cultura marroquina que temos em nosso imaginário, sinto te desapontar. Casa (só para os íntimos) é uma cidade grande como qualquer outra no mundo, com uma medina que não resistiu à invasão de produtos chineses.



Tudo bem, a cidade é bonita, as ruas são arborizadas, às vezes ladeadas por palmeiras, mas não é nada especial, ainda mais quando a chuva insiste em cair. As duas coisas que tem para se ver são a medina, que me desapontou bastante, e a Grande Mesquita, que é muito bonita e vale a pena ser visitada.








Mesquita Hassan II
A Mesquita Hassan II é a única no Marrocos que permite a entrada de não-mulçumanos, mas em horários específicos (acho que às 9, às 11 e às 14). Então se for a Casablanca, não deixe de entrar.

Mesquita Hassan II - o mais alto minarete do Marrocos







Para entrar na Mesquita tem que tirar os sapatos






O que eu achei interessante na religião islâmica é que as pessoas vão ao templo para ter um momento sozinhas com Deus. Não existe ninguém pregando - padre, pastor, reverendo, seja lá o que for. O Imam, que seria a figura do padre, não participa necessariamente das orações. Ele apenas convoca os fiéis através de alto-falantes. Eu entrei na mesquita no horário da oração, o que é proibido para não-mulçumanos. Mas o cara na portaria me deixou entrar mesmo assim porque dessa forma ele poderia embolsar o dinheiro da entrada (100 dirahns, o que dá mais ou menos 10 euros). Marroquino é assim: quer ganhar dinheiro de qualquer maneira. Claro que ele não podia deixar os outros turistas branquelos entrar porque ia dar muita bandeira, mas eu, com minha cara de árabe, não criaria problema pra ele. Foi bom... pelo menos eu não tive que esperar até as 14 pra poder entrar.






Medina

Como eu já disse, a medina de Casablanca me deixou desapontado. Esse é um dos motivos que fazem eu ter apenas três fotos dela. O segundo motivo é que eu estava com medo de ficar mostrando câmera e deixando claro que eu era turista.













Hospedagem

Em Casa eu fiquei na casa do Erwan, um CSer francês que dá aulas para crianças na escola francesa da cidade e DJ nas horas vagas.



Erwan durante performance privada como DJ em sua casa - observado de perto pela namorada




Tajine: prato típico marroquino preparado pela namorada de Erwan. Hummmm!!!

Fim da estadia em Casablanca, agora com rumo a Marrakech. A viagem é pelo tradicional Expresso Marrakech, usado pelos hippies na década de 60 para chegar à cidade.

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