domingo, 18 de janeiro de 2009

حديقة ماجوريل‎



Filho do "ébéniste" Louis, o francês Jacques Majorelle nasceu em 1886. Estudou na Escola de Belas Artes de sua cidade e na Academia Julian, em Paris. Viajou para a Bretanha e Cote d'Azur, e para a Espanha, Egito, Suíça e Itália. Tornou-se conhecido com a série de quadros pintados em Veneza. Tuberculoso, recebeu do general Lyautey uma carta de recomendação para se instalar rapidamente em Marrakech, Marrocos.

Jacques Majorelle viajou, pintou e expôs. O ano de 1923 foi decisivo em sua vida, porque se fixou definitivamente em Marrakech. Não muito distante da balbúrdia da Medina, da praça Jemaa el Fna, das vozes misturadas e do comércio intenso, de encantadores de serpentes, músicos, contadores de histórias e de carros e bicicletas transitando entre pedestres, Jacques Majorelle comprou um grande terreno e iniciou sua casa. Ao redor dela um jardim com as mais diversas plantas de todo o mundo foi se formando devagar. Após oito anos, contratou o arquiteto Paul Sinoir para construir um novo atelier. Quando a guerra mundial era iminente organizou nova exposição para financiar os custos com o jardim e por volta de 1947 abriu-o ao público para que pudessem participar daquele oásis, verdadeiro Éden verde na avermelhada
Marrakech.
Aos 69 anos de idade, Majorelle sofreu um acidente de carro e teve um pé amputado. Sete anos depois caiu em seu quarto e fraturou o fêmur. Repatriado à França, foi hospitalizado em Paris e faleceu em 1962.






















Vinte anos se passaram e a propriedade de Jacques Majorelle, adquirida em 1980 por Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, totalmente em ruínas, foi restaurada. Foram chamados profissionais especializados na recuperação do jardim e da casa-atelier. O número das espécies de plantas aumentou consideravelmente e elas receberam um carinho especial com a instalação de um moderno sistema de irrigação, planta a planta, de acordo com a necessidade de cada uma e no tempo preciso. Economizava-se, dessa maneira, cerca de 40% da água utilizada anteriormente na variedade de plantas aromáticas, exóticas, primaveras, filodendros, iúcas, gerânios, bambus gigantes, coqueiros, bananeiras, cactos... Nas fontes, as plantas aquáticas, com florações de cores vermelhas, rosas e amarelas, passaram a ornar com os vasos, também coloridos, amarelo-limão, verde claro e azul celeste.

Depois de reformada, a parte construtiva da propriedade, casa, fontes, muretas, recebeu coloração azul cobalto, batizada de Azul Majorelle.



.

.